Título original: Lost Child
País: EUA
Assistido em: Prime Video
Resenha no Letterboxd
A veterana do exército Fern volta para a sua casa de infância na região de Ozark (que ganhou notoriedade com a excelente série da Netflix) devido à morte do pai. Seu único plano é se despedir do irmão antes de deixar a região novamente. Sem conseguir encontrá-lo, Fern visita o bar local e se envolve com o barman.
Ao caminhar pela floresta que rodeia o terreno de sua casa, Fern se depara com o garoto Cecil, que aparenta estar vivendo na floresta há algum tempo. Ela acolhe o garoto e notifica as autoridades. Em seguida, recebe a visita de Mike, assistente social que, por coincidência, é o barman com quem se envolveu recentemente.
Mike inicia a busca pela família do garoto, mas sugere que Fern cuide dele até que o caso tenha algum desfecho. Nos dias que se seguem, Fern sente-se doente e observa comportamentos peculiares em Cecil. Ao visitar o único médico da cidade, é informada que seus problemas estão sendo causados pelo garoto, que o médico insinua tratar-se de um tatterdemalion.
Os conhecidos de Fern acreditam que ela está sob a influência desse demônio na figura de uma criança que aparece no meio da floresta pedindo ajuda e que, quando acolhido, suga toda a energia da vítima até ela sucumbir.
O roteiro trata muito bem a questão do folclore e faz o espectador oscilar entre acreditar na lenda ou sentir compaixão pelo garoto. Apesar da escolha do diretor de balançar a câmera em excesso para criar um clima de ansiedade e da edição pecar com alguns cortes rápidos demais em cenas lentas, o filme consegue desenvolver bem o roteiro e explorar o tema central de maneira satisfatória.